segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sublimação


E me diga o limite de segredos o nosso coração pode guardar?

Meus passos lentos me levam a qualquer lugar... só pra fugir...

Toda procura é uma fuga... pois sim, fuga da solidão, fuga da saudade...

O vazio que há em nós não preenche, esse é o segredo, infindável do ser...

A solidão que não é mais nossa, mas a solidão de Deus.

Esse vazio é tudo o que não somos, e o que já é... é eu ser eu e o você ser você, e só...

Vou me transformar em algo solúvel... me misturar as freqüências que aparecerem... ao sabor que a vida mostrar, ao toque que o vento trouxer...

No fim essa mistura vai me trazer alguma reação... abstrata de um ser novo... com várias partes intocadas... que não são minhas, que eu vou desbravar, interpretar e envolver.

Vou ser só o ridículo da vida. Pra que o certo siga seu caminho, e eu erre quando tiver que errar pra não me sentir tão gente...

Porque minha natureza precisa de mim, e não do julgamento hipócrita, de qualquer humano seguro do começo, meio e fim... não terei tempo nem caminho ou estágio, só serei o SIM.

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