segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Seu Carnaval


Pra me deslocar só um momento
Te enxergar do outro lado
Transversalmente
Loucamente apaixonado

Bicicleta na via
Crianças na calçada
Luz de dia
Qualquer lua na madrugada
Coisas naturais pra achar você

E se eu despertar neste céu
Sou de olhar pro chão e rir de mim
Como cheguei à vastidão
Desde que te trago aqui

Sigo planetas em escala
Afrouxo os cinturões de Saturno
Lustro estrelas
E no céu da tua boca
Encontro qualquer tradução

Imenso...
Ar que respira
Arte que inspira
Sentir que transpira
É como relutar
Querer fugir
Pra olhar de fora
Amar ainda mais
O estado pleno de ser vivida
Por sentimentos sensacionais
Cor de pele e mordida
Felicidade nos olhos

O amor não é ferida
É sentir na alma do outro
Segredos da sua própria escrita
Sem retas ou portas de saída
É ter medo da próxima onda que aproxima
E o êxtase em mergulhá-la e enxergar corais
Subir à tona ver o céu, respirar e sorrir pela alma

Assim levarei em mim
Descobertas desta história real
Pra evolução pelo fio que liga
Meus pés na montanha com seu carnaval





3 comentários:

Rodolfo Pamplona Filho disse...

Oi, Renata, tudo bem?
Como foi em Feira de Santana?
Foi um prazer conhecê-la!
Fiz um poema sobre o vôo e pretendo postá-lo lá no meu blog.
Ele foi inspirado em nosso papo!
Posso postá-lo aqui?
Abraços,
Rodolfo Pamplona Filho

Rodolfo Pamplona Filho disse...

Voando pela primeira vez...
Rodolfo Pamplona Filho

As mãos gelam

As pernas pesam

Sinto um frio na barriga

que nunca senti antes




Embarque encerrado

A porta foi lacrada

Uma voz informa instruções...

...de emergência?




Quero uma mão para apertar,

um ombro para chorar,

um ouvido para gritar

tudo que tenho a relatar...




O motor é ligado...

Vejo a terra tremer...

Tudo começa a se deslocar

Meu Deus, onde fui parar?




Sinto que estamos subindo

Engulo em seco e abro os olhos

Respiro fundo e tomo coragem

de, finalmente, olhar a janela...




E tudo se acalma

com a beleza do mundo diminuindo,

com a certeza de que não estou caindo

com as nuvens do tapete de algodão

com um novo olhar longe do chão




E tudo se acalma

com um horizonte que é uma pintura

com a bonança depois da loucura

com a paz que se tem na altura

com um medo que fácil se cura




Voando pela primeira vez...




Para a menina que sentou ao meu lado, em pleno vôo da Azul, 26/10/2010

Renata Bernardes disse...

Adorei o poema Rodolfo!
Foi legal minha primeira vez
ao seu lado...hehehe
Legal a experiência...
e você descreveu tudo muito bem!
ficou lindo o poema.

FUi bem de Feira..
cansada, mas feliz.
foi legal a viagem!
Beijo enorme meu amigo!