quarta-feira, 24 de novembro de 2010

hoje estou...












Vou deixar de ter medo de te machucar
De deixar verdades tão fortes aparecerem
Como o sol da tarde depois de qualquer chuva de verão

Que o tom da sua voz não se exalte mais uma vez
Pois o som alto não pode ser ouvido com clareza
E eu preciso de calma pra poder andar em par

Eu tenho pensado em como matar essa saudade
Do que não tive e desconheço
Essa ponta de iceberg que de tão fria queima
Tão pequena na superfície
E no fundo tão grande

...que o mar lave meus pés
limpe meu ser...

Hoje acordei cansada, de uma noite ativa de sonhos alucinógenos
Era tudo tão real, mas surreal
Tudo gerou essa agonia aqui
Região torácica
Escudo do corpo

Respirar fundo...
...se encher de algo novo

Vazio estranho

Mudar o pensamento
É só um dia/um momento
Isso logo vai passar

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Equação











Quando a noite cair dentro de você
Você vai me gritar
Entrar em pavor
De esquecer
Que só eu sei te amar


Por favor
Não feche porta
Eu sei que nada disso
Nos levará a lugar algum

Coloca na cabeça
Não tenta se remediar
Já estamos doentes
Prontos pra amar



Deixa de conversa
Me ouve, por favor,
Se os defeitos
São só detalhes
De um imenso amor
Que nasceu todos os dias
Que fez a nossa cor


Relembra a felicidade
Mágoa só machuca agora
Vem renascer em mim
Me renova
Vou fazer por merecer
Isso tudo não basta nada
Se com você não estiver
Cada passo dado é uma viagem
Do presente pro passado
Esse ir e vir
Faz nossa história
E eterniza eu e você

Ausência Presente










Se for pra aprender a lidar com ausência
Se for pra conseguir suportar
Se for pra poder me guiar depois
Em qualquer escuridão em que me aprofundar

Se eu te encontrar nestes rios
Pelos desafios impostos ao ser
Saber
Poder fazer
Algo melhor para relembrar em qualquer entardecer

Pode ser que em um espelho eu veja essa face
Do que ainda não desbravei por viver
Caminhos que não passei
Essência que ainda não absorvi
Pares de olhos que ainda conhecerei

Vou fazer coleção de mim
Esvaziar mochilas
Preencher vazios
Reciclar arte pensante
Bombear sangue em outras veias
Revolucionar a carne, espírito e afins
Trazer "vocês" pra dentro de mim
Tijolos de cores diferentes
Podem montar um Monet
Colcha de retalhos
Um novo ser
Recheado de luz e cores
Sentimentos-amores
Devaneios de mim

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

outra linguagem

Absorvo tão pouco
Ideias revolucionárias não me ganham
Ideias inteligentíssimas
Perspicazes
Nada competem

Sujeiras
Perdigotos perdidos em uma conversa
Balela?
Muitas palavras
Poucos fins
Pouca utilidade

Vozes em alto tom
Enfoques
Desfoque esse seu dom
Refaça conceitos
Não faça nada
Seja você mesmo

Ignore
Não entre tanto em contato
Refaça energias
Lustre a alegria
À sua postura: dê um novo trato

Force discussões
Abra os bordões
Gesticule!
Seja um regente orquestral
Abra os olhos pra vida
só sinta
No silêncio, não houve nada de mal

Libere seus instintos
Baixe a guarda da nova vanguarda
Saia da sintonia do que "tudo sabe"
Não se cerque de protocolos
Não faça leis para a vida
Este caos fomos nós quem fizemos

Respire não só para encher os pulmões
Se alimente do ar que emana de Deus
Ele está ao seu lado o dia todo
Desfrute do gozo de estar em contato
Esta é uma passagem
Façamos um trato
Eu te olho e você me olha
Por pensamento nos falamos
Me diga o que sente, se liberte
No simples é que nos completamos
*

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Simples mente Confuso

Como fazer?
Meus instintos tão difíceis de conter
Me seguro
Crio forças para resistir

É tão simples
Se deixar levar pelos sentidos.
Pensar sobre o certo e errado
É brigar com você mesmo
Tentar conter a água entre as mãos
Quando tudo escorre tão fácil pelos dedos

É da carne?
É da alma, do espírito ...
Da mente que não mente?

É um carma
Um revólver que não desarma
Apelo da razão entre o sim e o não

É eu descobrir em mim as vulnerabilidades
É deixar escapar as minhas verdades
É um erro pela felicidade
Soar de qualquer saudade
Um pé em qualquer maldade

Primeira e Segunda pessoa do singular
É qualquer adjetivo que retorna a lembrança
É não olhar pra frente
É não olhar pra tras

Fazer uma prece
Pra que cada vez mais
Encontremos nossas respostas
A fim de que
Nossa felicidade não esteja oposta
À nossa mente e nosso coração
Saber agir da melhor forma
Driblar nossas imperfeições
Atingir uma plenitude
Ou simples definição

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Voando pela primeira vez - Rodolfo Pamplona Filho

Lindo poema escrito por meu companheiro de vôo Rodolfo Pamplona Filho


Voando pela primeira vez...
Rodolfo Pamplona Filho

As mãos gelam

As pernas pesam

Sinto um frio na barriga

que nunca senti antes




Embarque encerrado

A porta foi lacrada

Uma voz informa instruções...

...de emergência?




Quero uma mão para apertar,

um ombro para chorar,

um ouvido para gritar

tudo que tenho a relatar...




O motor é ligado...

Vejo a terra tremer...

Tudo começa a se deslocar

Meu Deus, onde fui parar?




Sinto que estamos subindo

Engulo em seco e abro os olhos

Respiro fundo e tomo coragem

de, finalmente, olhar a janela...




E tudo se acalma

com a beleza do mundo diminuindo,

com a certeza de que não estou caindo

com as nuvens do tapete de algodão

com um novo olhar longe do chão




E tudo se acalma

com um horizonte que é uma pintura

com a bonança depois da loucura

com a paz que se tem na altura

com um medo que fácil se cura




Voando pela primeira vez...




Para a menina que sentou ao meu lado, em pleno vôo da Azul, 26/10/2010

28 de outubro de 2010 22:31

Primeira vez - de avião

O avião fura do céu e qualquer nuvem

Deslizando no ar, gelando minhas mãos

Tirando-me assim do chão – meu habitat natural - levando a qualquer lugar

É um misto de medo com diversão

Descoberta e se surpreender

É estar tão longe de todo lugar

Quem sabe mais perto de Deus

Nadando na Imensidão

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Seu Carnaval


Pra me deslocar só um momento
Te enxergar do outro lado
Transversalmente
Loucamente apaixonado

Bicicleta na via
Crianças na calçada
Luz de dia
Qualquer lua na madrugada
Coisas naturais pra achar você

E se eu despertar neste céu
Sou de olhar pro chão e rir de mim
Como cheguei à vastidão
Desde que te trago aqui

Sigo planetas em escala
Afrouxo os cinturões de Saturno
Lustro estrelas
E no céu da tua boca
Encontro qualquer tradução

Imenso...
Ar que respira
Arte que inspira
Sentir que transpira
É como relutar
Querer fugir
Pra olhar de fora
Amar ainda mais
O estado pleno de ser vivida
Por sentimentos sensacionais
Cor de pele e mordida
Felicidade nos olhos

O amor não é ferida
É sentir na alma do outro
Segredos da sua própria escrita
Sem retas ou portas de saída
É ter medo da próxima onda que aproxima
E o êxtase em mergulhá-la e enxergar corais
Subir à tona ver o céu, respirar e sorrir pela alma

Assim levarei em mim
Descobertas desta história real
Pra evolução pelo fio que liga
Meus pés na montanha com seu carnaval





Respire pela Alma










Hoje você dormiu mais cedo
Olhou a saudade pelo espelho
E lembrou-se de cada momento
Pra reviver instantes
E a não solidão

Também estou aqui do outro lado
Imaginando seus gestos e passos
Cabelo e lábios
Tudo o que agora me fogem as mãos

E é este não despertar que me alucina
De me ver tão menina
E estar nos pés da imensidão
É navegar sem chegada
Altos e baixos, sem embarcação ancorada
É tudo o que não toco aqui

Voz no vídeo caseiro
Fotos do último passeio
Mesmos fatos, lances irreais
Nós desfazemos as receitas
Refazemos ideais

Sonho com sua chegada
Como a luz no fim da estrada
Arrancando cada pedaço que dói

Este seu prazer me sacia
Como à tarde a brisa do verão que queima
Cada estrela que conta história e irradia

Vamos deixar à calma invadir
Pra não submergir e gastar
Todo amor em simples pesar
De estar ao seu lado e dormir
Vendo você de manhã desabrochar


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Se você não está cometendo erros, então não está assumindo riscos, e isso significa que não está indo a lugar algum..."(John W. Holt Jr.)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Só Ela

Ela vai pela calçada
Sozinha
Andando pelo tapete vermelho
Da minha vida

Se ela anda só
Ou só anda
Quem sabe ande comigo um dia
Só ao meu abrigo

Seu perfume brotou dos meus sonhos
Fazendo o desejo ainda mais real
Explodindo as bases
Sufocando os ares
Puxando minha gravata

Pagaria tudo pelos seus olhares
Por ela eu largaria a terapia
Iria até o Himalaia
Traria paz ao mundo
Sairia do hospício interior
Três filhos, casa, domingo ensolarado no arpoador

Beijo de bom dia
Fotografia com abraços e lembranças
Amasso no elevador
Lágrimas com sorrisos de amor
Livro do fim pro começo
Assim emociona mais

Quero descobrir e recriar o amor que sua alma faz

Inspiradora

Minha musa inspiradora

Semente da minha poesia... Alegria da minha estrada...

Abraço da minha partida... A melhor gargalhada.

A chatice que eu gosto... Companhia completa... Alma recoberta.

O telefone que hoje não tocou ainda... Comunico-me com você no pensamento.

Leia em suas linhas corporais... Cada centímetro que sempre quero mais um pouco...

Saudade sua agora engasgada... O grito que liberta... Nosso prazer sob a coberta

íntimo sabor.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

é sentir um gosto de nascer denovo
recomeçar
apetite de vida...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Queima

Como viver sem a paixão
Suspiro pra sentir no propagar do ar
O seu sabor
Essa saudade de mim em você
Essa falta de dor também incomoda

Tudo em você me tira o sentido
É um caminho que não tem volta

Degustar os sentidos
E perder o controle
Meu corpo queima
Até mesmo que você me olhe

Perdemos a identidade
Nome, sobrenome
Coração não sabe o pensar
Só sabe o sentir
Conjuga só o verbo amar

Encontre-me nessas estradas
Sei que você pode me achar
O tempo é só uma linha reta
Ida e volta
Sei que vamos nos esbarrar

Loucuras ao pé do ouvido
Correm pela veia do teu corpo
E só tem destino em minhas mãos
Soar o som do teu mar
No plural nunca teremos pudor